top of page
Buscar

Gil Vicente: A história continua

Post Convidada: Filipa Silva

Poderia ter optado por falar da cidade de Barcelos, a terra do Galo, símbolo de Portugal, conhecida não só pela lenda, mas também pelos seus costumes. No entanto, no mesmo dia que se comemora a emblemática Festa das Cruzes, comemora-se também o aniversário do clube que representa a cidade.


A história remota ao ano de 1924, quando um grupo de amigos, que tinha por costume jogar futebol todas as tardes junto ao atual Largo Dr. Martins Lima (conhecido pelo teatro municipal – Theatro Gil Vicente), decide fundar um novo clube, ao qual deram o nome de Gil Vicente Foot-ball Club, em homenagem ao dramaturgo português - do qual a história não confere veracidade quanto à cidade que o viu nascer: Barcelos, Guimarães, Lisboa ou Évora.


Em 1946 o clube já tinha o seu próprio recinto de jogos. Todavia, devido a um lance onde o guarda-redes do Gil chocou com um adversário e acabou por falecer, o que antigamente tinha o nome de Campo da Granja, passa então a denominar-se Estádio Adelino Ribeiro Novo, em homenagem a essa figura histórica do clube. Este permaneceu como recinto do clube até 2004, ano em que o Gil Vicente FC acabou por se mudar para o estádio municipal, Estádio Cidade de Barcelos.


E o que seria da história sem as pessoas? Focando naqueles que são membros integrantes da estrutura do clube, é inevitável não falar do Sr. Presidente Francisco Dias da Silva. Sob a sua direção, na época de 1989-1990, o Gil sobe à primeira divisão pela primeira vez na sua história e, mais recentemente, na época transata de 2021-2022, voltou a entrar para o livro das memórias do clube ao conceder o acesso à Europa com incríveis 51 pontos. E destas conquistas se alimentou a cidade, sócios ou simpatizantes, e todos quiseram estar presentes nesses momentos únicos, tal como aconteceu na festa da subida, após resolvido o mediático “Caso Mateus”, onde o presidente honorário António Fiúsa ofereceu não 10, mas sim 13 porcos em celebração por cada ano em que o caso não esteve resolvido.


Contudo, o futebol é dos adeptos e, apesar de muitos apadrinharem a ideologia de que devemos de apoiar o clube da nossa terra, a maior parte daqueles que acompanham o futebol em Portugal torcem pelos grandes. Não sou uma defensora desta ideologia, no entanto, sou uma apaixonada pelo clube da minha cidade e muito disso deve-se às histórias e memórias vividas bissemanalmente no Estádio Cidade de Barcelos, assim como em casa, junto do avô que me incutiu este amor pelo clube. Apesar de apenas me ter acompanhado uma vez ao recinto, pois diz que já não tem idade para ir para o meio da confusão, foi ele que me apresentou a história e incutiu os valores gilistas.


E assim, como no dia 3 de maio de 1924, onde apaixonados pelo futebol criaram um clube, hoje, eu, o meu avô, e muitos outros que também amam o Gil Vicente FC, afirmamos, tal como a própria página do clube menciona, que: A história continua...

bottom of page