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"Emily in Paris": a única coisa que a Emily quer mesmo é Paris

“Emily in Paris” voltou com uma nova temporada. E que temporada…aborrecida.


Sendo esta uma série cujo único propósito é entreter quem vê, esta terceira temporada não cumpre esse objetivo. A vida da Emily (ou Emília, como lhe chamo) estava numa verdadeira indecisão quando a deixamos no final da segunda temporada, e a moça só a complica nesta.


Entre trabalhar na Agence Grateau com a Sylvie ou na Savoir com a Madeline, a Emília não consegue expressar o que quer, porque, no fundo, nem ela sabe bem o que quer. Ao ponto de trabalhar nas duas empresas … até lhe dizerem “au revoir”. Despedida pela Sylvie, passa a trabalhar exclusivamente com a Madeline, que lhe diz que têm de voltar para a América. E aí sim, a Emília descobre o que quer…Paris.


Sem emprego, a Emília aproveita para criar conteúdos para as suas redes sociais enquanto conhece Paris com a sua amiga Mindy – sendo a capital francesa a minha cidade favorita, é também a minha parte predileta da série. Já agora, alguém me explica como é que a Emília ganha seguidores como quem pisca os olhos? Será que compra seguidores?


Falando em Mindy…a menina também não está completamente estável esta temporada. Mas deixo isso como surpresa para vocês – digo-vos apenas que está relacionado com o nosso portuguesinho francês.


Já que tocamos no assunto amor, foquemo-nos no Gabriel e no Alfie, os meninos que conquistaram a Emília. Por mim, o Gabriel já tinha saído da vida da Emília, ele é chato, repetitivo, e, se quer ir ter filhos para o campo, que vá. A Emília não está para aí virada – ou será que está?. Por outro lado, temos o Alfie, um homem maduro, trabalhador, que sabe o que quer e que, definitivamente, também merece alguém que saiba o que queira – o oposto da Emília, ora pois.


A Camille é a revelação da temporada, seja pelas suas relações ou pela “bomba” que decide lançar no final da temporada. Se é uma revelação surpreendente? Não. Se decidiram fazer isto só para terem assunto na temporada seguinte? Sim.


De facto, a personagem mais interessante nesta temporada é a Sylvie. Determinada, confiante, forte, inteligente, astuta são algumas das facetas que vemos desta mulher ao longo da temporada. Vemos o quanto luta pelo que quer profissionalmente, ao mesmo tempo que se torna mais emocional na vida amorosa. Gosto muito das interações que tem com a Emília e como as duas se admiram e se vão influenciando, mesmo na moda.


De facto, as duas personagens vão mesclando o seu estilo, sendo que a americana começa a utilizar cores mais sóbrias e calças mais retas e subidas, e a francesa começa a incorporar cores nos seus outfits. Assim nesta temporada, a moda ocupa novamente um lugar muito importante. Pessoalmente, não adoro o estilo da Emília nas primeiras temporadas, mas faz muito sentido quando pensamos no seu conceito. Por outro lado, as linhas clean e cores sóbrias que veste a Sylvie, vão muito mais de encontro ao que eu gosto, e também ao que a Emília começa a vestir. Para além disso, a capa do telefone da Emília volta a ter o formato de uma máquina fotográfica, o que, segundo li algures, significa que ela continua a ser uma turista em Paris – porque andam sempre de máquina fotográfica na mão.



Observações finais: esta temporada foi bem fraquinha. As indecisões da segunda temporada vão-se prolongando durante vários episódios nesta, a história não tem momentos de suspense e tem muito poucos de surpresa, a temporada acaba novamente em aberto e, no geral, não ficamos amarrados à vida da Emília. O melhor? Paris.

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