Não me recordo de ler um livro de Natal na época natalícia. De facto, não sei se alguma vez o fiz. Até este ano. Confesso que não pesquisei muito, não investiguei que livros de Natal existiam ou se o que escolhi era bom. Fui ao Tradestories e comprei aquele com o melhor preço, sabendo apenas que era um romance natalício.
Foi a primeira vez que comprei um livro no Tradestories, e o processo correu muito bem. Para quem não sabe, o Tradestories é uma plataforma de compra e venda de livros em segunda mão. Escolhem o livro que querem comprar, enviam mensagem ao comprador e ele responde às vossas questões – uma espécie de OLX exclusivo a livros.
“Um Natal Mágico em Nova Iorque” não foi uma surpresa, não foi uma leitura incrível, nem teve personagens inesquecíveis. Foi aquilo que tinha de ser: um romance cheio de clichés, envolto no clima mágico do Natal em Nova Iorque. De facto, foram mesmo as descrições da cidade que eu mais gostei, as luzinhas, a neve, os locais emblemáticos e tudo aquilo que vemos nos filmes. Aliás, a melhor forma de comparar este livro é a um filme de Natal da Fox Life.
Nas páginas deste livro ficamos a conhecer a história de amor de Sabrina e Ian. Ela é uma escritora-fantasma e ele é o secretário pessoal de um Lorde inglês. Conhecem-se no Hotel Plaza, na semana entre o Natal e o Ano Novo, e vivem um romance bem mimimi. No entanto, cada um esconde um segredo do outro, o que leva ao momento de tensão do livro – que ridiculamente se resolve em “duas” páginas.
A história de Sabrina e Ian não é a mais bonita do livro, sendo que essa pertence a Grayson e Veronica. O senhor Grayson é um negociante de arte e quem contrata Sabrina para escrever um livro com as suas memórias (e a razão pela qual ela está no Plaza). Ao contar a sua história de vida, o senhor fala do seu tempo como mordomo no Plaza, das suas hospedes mais ilustres e do amor da sua vida, Veronica. Grayson e Veronica viveram a maior parte da sua vida separados,… mas tudo pode acontecer no Natal em Nova Iorque.
Como devem ter percebido, eu não adorei este livro. No entanto, também não o odiei. Não adoro histórias onde tudo é tão “perfeito”, sendo que se nota que não foi um homem a escrever este livro – as personagens dos homens refletem aquilo que uma mulher quer que um homem seja/pense, não o que ele é/pensa. Para além disso, livros em que as personagens “mentem” por não saberem comunicar tiram-me do sério, e, depois, esses conflitos não podem ser resolvidos tão rápido como “duas” páginas. As referências a Nova Iorque são a minha parte favorita do livro, sendo que também gostei da história do senhor Grayson.
É um livro bastante fácil de ler, e uma leitura agradável para esta época do ano. Vocês já leram algum livro cuja história se passe no Natal? Qual?
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