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Expectativas, sonhos e a verdade

Aos 18 entrar na universidade. Aos 23 acabar o mestrado. Casar e ter casa aos 25. Ter pelo menos 2 filhos até aos 30.


Estas e uma série de outras etapas e planos são a coisa mais estúpida que já ouvi. Não me interpretem mal, podem ser os planos de alguém, mas não é algo que se possa ou se deva impor a alguém. Cada pessoa tem o seu tempo, o seu ritmo e é perfeitamente normal que não façamos todos a mesma coisa, que não tenhamos todos os mesmos objetivos, e acima de tudo, que não dêmos a mesma importância às mesmas coisas.


Cada vez mais ouço pessoas a falar sobre a pressão que sentem em cumprir determinado objetivo. Um objetivo que nem sequer é delas, a que nem sequer dão valor ou importa na fase de vida em que estão.


Se pensarmos nas mulheres e na pressão que sentem para ser mães, então aí a coisa escala de intensidade! Nem todas as mulheres têm de ser mães ou querer ser mães! Não é por isso que são mais ou menos mulheres, têm mais ou menos valor.


Somos todos diferentes, temos todos objetivos diferentes. Sim, antigamente a maioria das pessoas seguia o mesmo rumo. Mas isso não tem de ser assim. Todos temos experiências de vida únicas, e mesmo duas pessoas iguais, vêm diferentes coisas numa mesma situação. Por isso, é mais do que natural que uma pessoa possa querer casar e ter filhos, outra pessoa querer ser nómada digital para poder viajar com liberdade, e mesmo outra pessoa querer viver isolada da civilização numa casinha com animais. Todos os sonhos são válidos – bem, desde que não prejudiquem ninguém. E não, ninguém tem de validar o nosso sonho, pois ser mãe não é um sonho melhor ou pior do que ter quatro cães. São sonhos diferentes e fazem felizes pessoas diferentes.


O problema, muitas vezes, é que crescemos a querer satisfazer expectativas, sejam elas de pais, avós ou amigos. Ainda não nascemos e os pais já falam sobre serem avós dos netos que lhes vamos dar, os avós já dizem que vamos ser médicos; chegamos à escola e os professores esperam que estudemos 2 horas por dia extra aulas, e os amigos que tenhamos roupa de determinada marca; no emprego esperam que façamos horas todos os dias para que consigamos uma promoção.


Mas é isso que verdadeiramente nos interessa? Somos nós que queremos isso ou estamos apenas a responder a expectativas? É importante que consigamos tempo para parar, ouvir o que sentimos, perceber o que é importante para nós, onde estamos e onde queremos estar – o que NÓS queremos.


Nem sempre vamos saber o que queremos e isso é perfeitamente normal. O importante é que não nos deixemos influenciar pelo que os outros esperam de nós. Sim, podemos ouvir conselhos. Mas conselhos são algo que podemos ou não seguir. O importante é que temos escolha.

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