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'Midnight in Everwood': review

Queria começar 2023 com um livro que trouxesse um pouco de magia ao meu dia a dia. 'Midnight in Everwood' trouxe-me um mundo encantado, mas onde nem tudo é bonito.

Este livro veio até mim sem saber sobre o que era a história, sem conhecer a autora - na verdade, veio até mim por causa da capa, mas não vamos contar isso a ninguém, certo?

Acompanhar a Marietta nesta aventura foi uma leitura agradável. Não adorei, não odiei. Deixem-me explicar-vos melhor o porquê:



Confesso que, embora esteja habituada a ler livros em inglês, este foi desafiante. Pela história se passar em 1906, muitas palavras eram complexas e não usuais, pelo que, se decidirem ler este livro, aconselho que o façam na sua versão traduzida. De facto, sinto que perdi alguma da magia do livro por o estar a ler em inglês, uma vez que existem muitas descrições.


Já que falamos em descrições, estas estão presentes em demasia, principalmente no início da história. Sinto que os primeiros capítulos foram muito parados e só no final do livro é que temos verdadeiramente ação, o que me levou a não gostar assim tanto do livro.


Sobre a história:

Marietta é uma rapariga de 20 anos, que não sonha com casar, ter filhos e servir o marido, ao contrário da maioria das raparigas de 1906. Marietta sonha em ser uma bailarina e dançar pelo mundo.

A sociedade, no entanto, leva-a a duvidar de si e dos seus sonhos, e encaminha-a para um noivado que ela nunca aceitou. O Dr.Drosselmeier é misterioso e tem uma aura que assusta e intimida Marietta, pelo que ela nunca poderia casar com ele.

Não contente com a recusa, o Dr. persegue a bailarina, que se vê obrigada a esconder-se dentro de um relógio. Mas esse relógio não servia apenas para dar horas. Era um portal para o mundo encantado de Everwood.

Embora parecesse um sítio mágico, com cenários idílicos, logo Marietta percebe que é na verdade um lugar onde reina o medo, as ameaças e as vontades de um rei tirano.

A beleza do bailar de Marietta faz com que o rei fique obcecado com a bailarina, tornando-a sua prisioneira. Desesperada pela sua liberdade, a rapariga começa a pensar em formas de voltar a casa. Marietta percebe que nunca o conseguiria fazer sozinha, precisando de, pela primeira vez na sua vida, confiar em outras pessoas.

A bailarina descobre o poder da amizade, do empoderamento entre mulheres e da partilha. Para além disso, surge um amor inesperado, com alguém que respeita a sua liberdade, admira a sua ambição e a ajuda a escapar, mesmo que isso signifique a sua separação.

Everwood pode ter sido uma assombração para Marietta, mas levou-a a perceber que o medo era o seu maior inimigo e que estava na altura de viver a vida que tanto ambicionava, independentemente daquilo que os outros esperavam dela.


Pontos fortes: a forma como a Marietta ganha força, põe o medo de lado e decide seguir os seus sonhos; a sua relação com o irmão; a irmandade que cria com as outras prisioneiras.

Pontes fracos: as descrições longas; a falta de ação; o carácter infantil/juvenil do livro. Pontuação final: 2,5/5

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